8.1.20

Nessuno mi può giudicare - Ninguém pode me julgar - 1º filme de Massimiliano Bruno

Paola Cortellesi e Anna Foglietta em Nessuno mi può giudicare (2011)
“Nessuno mi può giudicare” - Ninguém pode me julgar (2011), é o filme de estreia na direção de Massimiliano Bruno, o tema principal da história é o da prostituição. Bruno trabalha de forma cômica essa condição de vida da protagonista Alice (Paola Cortellese) a ponto de não fazer refletir no telespectador, ao menos num primeiro momento, sobre os motivos que levam o indivíduo a estes expedientes de comercio do próprio corpo. E assim a prostituição de jovens italianas é levado às telas em uma comédia e discorre sobre Alice, uma mãe que para reaver a guarda de seu filho deve restituir um valor em euros a um agiota e só acredita conseguir acumular prostituindo-se. Alice então se transforma numa scort girl, a primeira parte do argumento é parecido com o drama vivido por Antonella Ponzziani e Stefano Dionisi que juntos devem assaltar um banco para reaver a guarda de sua filha no filme “Verso Sud” (1991), filme também de estreia de Pasqualle Pozzessere como diretor. Coincidências a parte, Bruno já havia dirigido Cortellese no teatro em "Cose che capitano", "Ancora un attimo" e Gli ultimi saranno ultimi. E esse seu papel vivido em Nessuno mi può giudicare orbita uma celeuma criada pela mídia em torno do primeiro ministro Silvio Berlusconi que há época de seu governo serviu-se de scort girls e fora descoberto. Esse assunto midiático tornou ainda mais real a história do filme e ajudou o seu sucesso nos cinemas e o reconhecimento do jovem diretor foi instantâneo.
Luiz Chiozzotto
Ensaio do livro "Filmes que projetaram a identidade italiana no cinema". ISBN nº 978-85-907765-1-2, 340p.