22.10.16

Silvano Agosti, o cineasta que escreveu "Como fazer um filme sem dinheiro ou como fazer isso melhor, sem gastar sequer um único euro"


Silvano Agosti nasce em Brescia, Lombardia, Itália em 23 de março de 1938. Roteirista, Editor, Produtor, Diretor Cinematográfico. Seu Cinema quase sempre é uma verdadeira poesia, sua paixão pelo Cinema vem agregada a liberdade do ser, a qual vem lamentavelmente encapsulada em dogmas, leis e tabus criados pelos governantes e impostos pelo sistema econômico vigente. No final da adolescência parte em busca da liberdade aportando primeiramente na Inglaterra, na casa onde nasceu Charlie Chaplin, realizando um desejo de infância de conhecer onde viveu o maior gênio do Cinema, de lá Agosti parte como um peregrino de mochila nas costas conhecer o mundo, passa um tempo entre a Inglaterra, França e Alemanha onde realiza os trabalhos mais braçais para acumular dinheiro e depois continuar a viajar até chegar ao Oriente Médio e por fim ao Norte da África. Ao retornar à Itália seu horizonte e as possibilidades de utilizar o Cinema como um meio de expressão e compreensão da liberdade ampliam-se. Em Roma matricula-se em 1960 no Centro Experimental de Cinematografia para poder dominar a técnica, na mesma classe de Marco Bellocchio e Liliana Cavani, ali seu curta-metragem “La Veglia” é premiado com o “Ciak D'oro” (como melhor aluno) em seguida vai a Moscou fazer uma especialização em montagem, cujo norte de suas pesquisas é “Ejzenstejn”. Se aplica na técnica de roteiro, diálogos e edição, e no desempenho desse ofício usa o pseudônimo de "Aurelio Mangiarotti". Com o seu filme “Il Giardino delle Delizie“ censurado na Itália, é homenageado pela “Expo Universal” de Montreal figurando como um dos dez melhores filmes do mundo daquele ano. De 1976 a 1978, atua como Professor de montagem no Centro Experimental de Cinematografia de Roma, mas demiti-se em função de divergências com a instituição. Com os anos seu desejo de viver em liberdade vai tornando-o um profeta do assunto; ressuscita “Paul Lafargue” (1842-1911), ao dizer que o homem deveria trabalhar apenas três horas por dia restando o resto do tempo livre para realizar-se como Ser Humano, o que ainda não somos. E é categórico quando replica que a liberdade vem constantemente agregada aos deveres e aos direitos do Cidadão em relação ao Estado, considerando que a vida de cada ser vivente já foi paga pelo trabalho de seus antepassados, por conta disso diz que todos temos direito a uma casa, e duas refeições por dia pagas pelo Estado. Se essa liberdade de viver fosse conquistada e se nos mantivéssemos como um sentinela sempre atento àqueles que querem tirá-la do homem, o mundo seria um verdadeiro paraíso. É atribuído a Agosti no final dos anos setenta, a ideia de um espaço único (hoje muito comum), de encontro de Cineastas em que fosse possível exibir filmes de Autor e também àqueles fora do circuito comercial, para tanto, ele assume um cinema no quarteirão Prati e assim nasce o Espaço “Azzurro Scipioni” em rua “Degli Scipioni”, 82, Roma, aberto também ao público em geral e que também é palco de palestras e discursos de Agosti e seus colegas sobre o seu postulado sobre a Liberdade e suas opiniões e sugestões sobre o Cinema.
Agosti é conhecido por seus filmes “Quartiere (1987), Uova di Garofano (1991) e L'uomo Proiettile (1995)” verdadeiras joias poéticas de aclamação a liberdade. A sua verve poética o leva a escrever vários romances e livros de poesia e um manual de como se fazer cinema com baixo orçamento, dentre suas obras literárias encontram-se: “L'uomo Proiettile; Il cercatore di Rugiada; Uova di Garofano; Il semplice oblio; Manuali Breviario di Cinema”, este último aborda o assunto "Como fazer um filme sem dinheiro ou como fazer isso melhor, sem gastar sequer um único euro. Para TV Rai Agosti fez a série: 30 Anni di Oblio e 40 Anni, ele também colaborou em vários programas de televisão de Fabio Volo. Em seus filmes Agosti prefere cuidar pessoalmente da fotografia, roteiro e edição por acreditar que um Cineasta deve se interpor na criação de sua obra, a fim de que sua ideia original não seja comprometida pela intervenção de outros profissionais no processo, prevalecendo sempre aquela ideia do Diretor. Agosti é também o projecionista de seu próprio cinema, e dentre suas idiossincrasias está um pedido à UNESCO e a ONU a fim de que o Ser Humano seja considerado Patrimônio da Humanidade.

Luigi Chiozzotto.

Michelangelo Antonioni, experiência direta com o poder da significação da imagem

Luigi Chiozzotto

Michelangelo Antonioni soube como nenhum outro Cineasta compreender e expressar com tamanha sensibilidade e pela linguagem cinematográfica, a dificuldade de comunicação entre os seres humanos no mundo de hoje, não obstante tantos dispositivos criados para estabelecer contato entre os seres. Por isso Antonioni é conhecido pelo epíteto de “cineasta da incomunicabilidade” e com distinta razão e atualidade. Embora no início de sua carreira Antonioni tenha perseguido os passos do neorrealismo, sobretudo em seus primeiros documentários, “Gente del Po” (1947), por exemplo; já em seu primeiro filme de ficção "Cronaca di un amore" - Crimes da Alma (1950), já se nota sua ruptura com os cânones do movimento percebendo-se seu efeito apenas no nível interior dos personagens, interpretados brilhantemente por Massimo Girotti e pela estreante, e a época ainda não Atriz, Lucia Bosè. Seus filmes posteriores invadem o espaço psicológico de sua geração, em especial aquele representado pela burguesia italiana. Com “Il Grido” – O Grito (1957); Michelangelo explora a questão do estranhamento do ser em meio a um mundo materialista, mesquinho, onde ele persegue os caminhos de um homem abandonado pela amada e que não encontra mais lugar no mundo sem ela. O filme embora rico em elementos inovadores do ponto de vista psicológico e de linguagem cinematográfica, deixa a desejar na construção do personagem “Aldo” (Steve Cochran), que por pertencer a um mundo proletário e consequentemente condicionado a cadeia de produção, mostra-se estranhamente rebelde ao abandonar sua vida segura para com sua filha pequena aventurar-se pelo país. Talvez tenha sido esse o motivo de o público não aceitá-lo, por não ter se identificado, e a crítica tê-lo rejeitado, fazendo com que Antonioni revesse sua trajetória cinematográfica para os anos seguintes. Uma experiência direta com o poder da significação da imagem aconteceu comigo quando retornava de carro com meus primos de Arezzo para a casa deles em Subbiamo, fazendo-me entender com significativa clareza a postura do enquadramento e a perseguição dos detalhes no trabalho de Michelangelo Antonioni. No caminho entre essas duas cidades existe uma capela com um afresco de Piero Della Francesca iluminado por uma luz difusa vinda do alto das janelas, sob um ambiente que inspira a contemplação. Antes daquela imagem ser pintada ali havia uma parede branca que fora inundada por cores e incorporada de linhas que se cruzam e que contam uma história. Os elementos pictóricos ali distribuídos de maneira a representar um momento da vida do homem viajaram no tempo nos emocionando sobremaneira mesmo após três séculos. Os humanos, por assim dizer, que estão representados na tela, nada falam, a imagem não emite som algum, no entanto, a impressão que se tem é de ouvir os ruídos daquele momento. Transferindo essa sensação para a tela branca do cinema, onde é projetada a imagem, em particular num filme de Michelangelo Antonioni, o que percebemos é algo semelhante; os elementos distribuídos em cena, objetos, personagens, iluminação, tudo faz com que o som, ou o simples pronunciamento de palavras seja mera convenção, um adorno para suportar a significação da imagem, uma espécie de moldura dourada em torno a um quadro. Para mim a cinematografia de Antonioni representa um estudo da evolução do olhar humano através dos meios de captação de imagem de nosso tempo, assim como Piero Della Francesca observou o seu mundo através de uma perspectiva representação tridimensional que possibilitava dar a ilusão da espessura e da profundidade, revolucionando a pintura moderna, Antonioni o faz no fotograma, e com uma abordagem poética, singular, emocionante, revolucionando ao seu modo o cinema mundial. Mas sua relação com a pintura não é exatamente aquela de Piero Della Francesca o qual citei como exemplo de comparativo para falar de um Cineasta que busca uma linguagem estética mais elevada, mas sim a citação de artistas plásticos contemporâneos. Nos filmes de Antonioni há por exemplo Filippo de Pisis, Giorgio De Chirico, Giorgio Morandi, Pollock, Rothko entre outros.

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A influência da fotografia de retrato na estética do cinema italiano dos anos 50'

Luigi Chiozzotto  

O Cinema italiano teve importante contribuição da fotografia de retrato, em particular a de Arturo Ghergo, para a consolidação como o maior Cinema do mundo entre as décadas de 50' e 70'. O interessante do ponto de vista do cinema italiano é que a estética das imagens de Arturo Ghergo foi além da fotografia, tendo Arturo Ghergo especial importância e contribuição para o nascimento do cinema italiano, incluindo o seu nome na história da Itália ao lado de Giovanni Pastrone, Carmine Gallone e posteriormente Roberto Rossellini, o qual colaborou de forma indireta com as estratégias de consolidação e domínio através de um cinema forte na Europa idealizado por Benito Mussolini. Em 1937, por ordem do Dulce foi construído na então periferia de Roma, a Cinecittà, um dos maiores estúdios de cinema já feitos, a fim de inserir o cinema italiano na competição global por bons filmes. Por conta disso produtoras italianas da época como Titanus, La Cine criavam demandas para um tipo particular de fotografia, que teve implicação direta no feitiche de seus produtos, Atrizes e Atores, transformando em verdadeiros astros e estrelas os protagonistas de seus filmes. Aproveitando-se de todo um aparato visual composto de técnicas de iluminação e maquiagem, aqueles fotógrafos retratistas transformam em semideuses Atores e Atrizes, intitulados no meio como "Divos", suas fotos eram utilizadas estrategicamente de maneira muito glamourosa em publicidade antes do lançamento dos filmes. Pouquíssimos eram os fotógrafos que dominavam com perfeição aquela técnica que combinava fotografia e pintura, dentre eles Arturo Ghergo que no início dos anos 30 já possuía um estúdio fotográfico funcionando na rua Condotti, 61, em Roma, e muito requisitado particularmente pelos aspirantes ao estrelato. Também outros fotógrafos contribuíram para o glamour desses anos como o Elio Luxardo, italiano, nascido em Sorocaba e emigrado para Itália, além de outros como Arturo Bragaglia, Manlio Villoresi e Pasquale De Antonis. Décadas depois, em 1991 teve início em Roma, em via Bocca di Leone, no Studio Ghergo, um trabalho de recuperação de negativos em grande formato, 18x24 cm, contendo imagens de muitos Atores e Atrizes do cinema italiano do pós Guerra, fotografados pelo fotografo italiano Arturo Ghergo, Montefano - AN (1901-1959), entre as décadas de 1930 e 1950. Partindo de uma ideia original de Cristina Ghergo, fotógrafa e filha de Arturo Ghergo. Este trabalho teve também como colaboradores Antonio Bosco, Ampliador de Cristina Ghergo e Luigi Chiozzotto (editor desta página), Assistente de Cristina entre 1992 e 1993, e que nos intervalos de seus afazeres no estúdio, identificavam, selecionavam e arquivavam centenas de imagens de figuras ilustres da política, da sociedade, da igreja, do teatro e do cinema italiano, dentre elas, fazia parte desse valioso acervo estrelas como Alida Valli, Sofia Loren, Gina Lolobridgida, Silvana Mangano, Monica Vitti, Amedeo Nazzari, Massimo Girotti, Vittorio Gassman. Esse projeto culminou numa mostra intitulada “Arturo Ghergo - Fotografie 1930-1959 “ realizada no Palazzo delle Esposizioni, em Roma, em 2012, com cura de Claudio Domini e Cristina Ghergo, o qual foi um sucesso. 

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Salvaguardar nossa cultura é manter unida a nação

Terra em transe de Glauber Rocha.
Luiz Chiozzotto


"A verdadeira terra dos bárbaros não é aquela que nunca conheceu a arte, mas que, repleta de obras-primas, não pode nem apreciar nem mantê-las" Marcel Proust. 

Esse pensamento abarca diversas questões sobre cidadania, pois ser cidadão não é só ter deveres e direitos, pois dentre os deveres de um cidadão está também o de apontar os descaminhos de um povo a fim de que sejam corrigidos por aqueles que fazem reflexão a respeito, os intelectuais, os cientistas, os filosofos por exemplo; pois os trabalhadores estando quase sempre ocupados de mais com com os prazos da linha de produção, ineptos com a construção da “mais valia”, com os carnês à pagar e sobretudo com o alimento imediato de sua prole não tem tempo nem preparo para questionar isso ou aquilo de nossa cultura.  Um pequeno exemplo disso, que pode passar desapercebido por qualquer um menos observador é o de não ter opções de filmes diferentes daqueles americanos numa cidade, ou institutos de pesquisa cientifica, só para citar dois. Cidades de origem industrial do interior de São Paulo que no decurso de sua história formou massa de operários e que aceitarem dedicar-se exclusivamente à produção de bens de consumo e fornecer a sua força de trabalho. Esses cidadãos delegaram aos politicos e governantes o poder de decisões que abarcam questões de administração da cidade, políticos esses do bem e do mal que destinaram recursos ora para a saúde, ora para educação e quase nunca para a cultura.  E não termos um filme, um artesanato, um livro, uma pesquisa cientifica feita por nossos cidadãos em nossas próprias cidades aponta para o fato de que perdemos o contato com o que há de mais refinado em nosso povo, o seu conhecimento, seja este oriundo de seu intelecto, seja aquele que é aprendido e repetido de seus antepassados, aponta para o fato que perdemos contato com nossa própria cultura, com nossa criatividade, Se ignorarmos essa questão e não produzirmos cultura (livros, filmes, musica, artesanato, etc), e tão pouco preservarmos e valorizarmoos o que já produzimos estamos nos atrasando em relação a outros povos e suas culturas, Mas pior do que isso é não perceber isso acontecendo, é não encontrar espaços para exibir o pensamento e a arte de nossos cidadãos porque o espaço e o tempo estão destinados as produções de culturas externas, no caso do cinema nacional, a forte presença dos filmes americanos no país, seja nos cinemas que em aluguel e venda de dvds e a fins, formando uma espécie de corrente onde todos os gomos estão interligados e não nos permite inserir nosso pensamento, uma corrente que por fim nos aprisiona no pensamento de uma outra cultura externa. Se não acordarmos para esses fatos os bárbaros destruíram a arte de nossa civilização com sua pseudo-cultura ou pela falta da prática pelo nosso povo e nós não nos reconheceremos mais como uma unidade, como uma nação. Além disso a ignorância de um povo tem também origem na condução que é dada pelos seus governantes quando ao retirarem da cultura e da educação a sua importância e o seu valor, tornam o povo ignorante e, sobretudo afascinados pela mercadoria que produzem e que depois devem consumir, subservientes aos comandos dos manipuladores da verdade. Quando essa ignorância nos reduz a reclamar apenas de necessidades básicas do "ter", e nos acuamos e ou nos intimidamos em apontar necessidades mais refinadas, do "ser", percebemos o quanto embrutecemos nosso espirito.

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No cinema a esperança de uma sociedade equânime




Il caso Mattei de Francesco Rosi.


Luiz Chiozzotto

O filme tem um tempo de sobrevivência mais longo que a vontade das pessoas que falam dele e da lembrança daquelas que fazem Cinema. Por isso nunca foi tão importante fazer filmes como é hoje, até por uma questão de sobrevivência de nossa sociedade. O filme que fazemos rudimentarmente mostra como nós vivemos o nosso tempo; diferente daquele filme que entra nas salas de cinema, que ao contrário, falseia a realidade em detrimento a um target especifico, ou a um interesse de uma determinada casta. Fazer filmes sem pensar em mostrá-lo naquele sistema inventado no séc. XIX, mas imaginá-lo sendo visto no celular, no iPod, na tela do computador, no aparelho de TV, DVD, Blue Ray, Data Show; ou projetado nas nuvens. O que importa é ter uma boa ideia, ainda o maior diferencial entre os filmes que valem a pena ser feitos.
A Itália é uma fonte de boas ideias,  um dos únicos países da Europa que não fez uma revolução, todavia com o cinema político dos anos 70 realiza a maior delas. Tão forte como uma revolução de rua, pois no decurso do tempo é possível revivê-la através de seus filmes, que à época foram feitos por cineastas intelectualizados e que encontraram no Estado e na iniciativa privada fontes para fazê-lo. Se hoje os filmes tornaram-se banais é em função do público blasé que deve referenciar, construído pela TV, cujos ideais se confundem com a propaganda de um automóvel zero quilometro, símbolo de status, e que dá a efêmera e falsa sensação de pertencer às elites quando se está dirigindo-o pelas estradas.  Aos brasileiros esses filmes italianos servem de referência, pois nesse momento estamos vivendo momentos semelhantes, onde o povo foi traído por um golpe de Estado permitindo a instalação de um governo que não ouve as massa populares, que não as representa, porque não foi eleito por ela, e está lá em decorrência de um conluio com a elite e a mídia e a omissão da justiça. 
Nossas políticas públicas não provêm da demandas desses governados. Nossos governantes partem do principio que os governados são desinteressados e mal informados sobre políticas públicas, e coadunam com as elites, essas sim os agentes que além de forjarem a opinião pública, manipulam, se comunicando com ela sempre de cima para baixo.
Os administradores e oficiais cumprem as decisões de quem está no poder, oriundas de demandas que partem das elites e não das massas, o que seria o correto em sociedades civilizadas. Dessa maneira não provendo das massas populares tais demandas, são os valores das elites que definem as políticas públicas, e elas têm a tendência de deixar tudo como está. Assim o sistema político todo depende do consenso e do interesse dessas elites, ficando as instituições democráticas nesse modelo de governo emanado das elites, apenas na esfera do simbolismo. As eleições e os partidos têm apenas valor simbólico oferecendo aos governados a sensação de estar exercendo a democracia, seja ao votarem, seja ao escolherem o partido político e os candidatos com os quais mais se apeguem. E como perceber isso quando a grande mídia, detentora dos meios de emissão da informação está envolvida no golpe e não levam a verdade aos televisores, jornais, revistas, rádios etc, senão pelo viés das vontades das elites? O cinema, este antigo e fiel aliado das massas tem ainda essa chama da liberdade iluminando, por ser de vanguarda, visionário e, sobretudo, anti-conformista.

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